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sexta-feira, 2 de abril de 2010

II Acampamento Nacional de Angola - O nosso Olhar

Desde sempre que gostávamos de participar numa actividade internacional. Foi este uns dos principais factores que nos levou a participar no concurso promovido pela secretaria internacional. Imaginem qual o nosso contentamento e satisfação quando soubemos que ganhamos o concurso e que iríamos representar Vermil a nossa freguesia e o nosso agrupamento, Guimarães o nosso município e núcleo e principalmente o nosso país, Portugal, no II Acanac de Angola.
Tínhamos consciência que iríamos vivenciar variadas e diversificadas experiências, contactar com uma cultura com pontos comuns mas com diferenças acentuadas … mas o que trouxemos de Angola foi muito mais que isso … Angola renovou-nos a alma e permitiu-nos crescer como escuteiros, mas principalmente como pessoas. Este crescimento foi assente num conjunto de experiências que por terras de kwanza-sul (Região onde se situava o local do acampamento) vivenciamos.
Entre 27 de Agosto e 6 de Setembro, as experiências multiplicaram-se, e começaram mesmo em Portugal, quando alguns elementos participantes realizaram o seu baptismo de voo entre o Porto e Lisboa.
A 28 de Agosto, aterramos em Luanda e por alguns momentos, sentimo-nos inseguros, receosos, das doenças que poderíamos apanhar ou mesmo do trânsito caótico que se sentia à saída da capital angolana. Estes medos foram acentuados, quando, já no local do acampamento fomos separados. Contudo, esta situação inverteu-se muito rapidamente graças à simpatia e hospitalidade dos nossos irmãos escutas.
No dia seguinte ocorreu a abertura oficial de campo e depois desta cerimónia tivemos o privilégio de saborear a gastronomia típica, num almoço preparado pelos cozinheiros do sub-campo, mas que contou com a nossa ajuda e dedicação. Nunca pensamos que o acampamento estivesse tão bem organizado, apesar de ter algumas falhas, normais em acampamentos desta envergadura, o acampamento tinha óptimas condições. Contudo esta situação contrastava com a população que vivia na região. A maioria das pessoas, não tinha as mínimas condições, o acesso a água potável era diminuto, e a comida era escassa.
E foi ao contactar com estas situações que crescemos. Foi muito duro, ver crianças de olhos postos na nossa comida, mas foi muito bom oferecer a nossa comida aos miúdos e tirar-lhes um sorriso, que nos encheu totalmente a alma. Construir tijolos para depois efectuarem a construção de uma escola foi também um aspecto muito importante para todos nós.
Angola foi também admirar paisagens diferentes e deliciarmo-nos com elas, foi utilizar produtos típicos para procedermos às actividades, nomeadamente, com madeira das bananeiras criar jangadas para atravessar o rio, permitiu-nos cantar músicas portuguesas no ritmo angolano e cantar/dançar músicas da terra. A nossa estadia em África serviu também para compreender que apesar das adversidades, aquele povo, tem sempre um sorriso no rosto. O Acanac Angolano fez-nos valorizar o nosso país, mas também permitiu-nos entender que devemos dar sempre mais pelo outro.
Neste acampamento criamos laços tão fortes, que na despedida as lágrimas desprenderam-se, tonificamos o músculo do coração e cumprimos a nossa missão de representar da melhor forma Portugal.
A nossa primeira actividade internacional correu bem, mas também nos deixou com a sensação de “um dia lá voltar”, e lá é Angola, mas também o resto do mundo. Temos a certeza que “há experiências na internacional que não se vivem em mais lado nenhum”

2 comentários:

Alexandra disse...

é verdade.. aqueles tijolos, aquelas jangadas, as paisagens... algo excelente... algo que aprendemos... algo que ficou.. tudo mas mesmo tudo.. experiencias e momentos para um dia mais tarde recordar :-)

JMPF disse...

Um europeu que tem a presunção de que quando se desloca para o continente africano vai ensinar muita coisa, de cedo se apercebe que mais do que ensinar ... vai é mesmo APRENDER!

Angola foi um poço de conhecimento a vários niveis e que me deu muito prazer beber, esta bebida que alimenta a alma!

De Angola, recordo as paisagens, os animais, as actividades, mas principalmente as pessoas!
E das pessoas, o seu sorriso!

Obrigado Angola! Para sempre no coração!

João Miguel Fernandes

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