Algumas das nossas mensagens terminam com “fortes canhotas”, ou “Canhotas Amigas”, ou ainda, simplesmente, “Canhotas”. Para quem é escuteiro, é compreensível esta despedida, mas quem aqui entra e vislumbra estas palavras, pode ficar com alguma curiosidade sobre o porquê de tal despedida.
Pois bem, nesta mensagem vamos tentar responder.
O escutismo é um movimento internacional que se rege por valores como a solidariedade, a amizade, o respeito pela natureza, que é adepto da diversidade cultural, da alegria, do intercâmbio, e tem como objectivo primordial criar um mundo melhor.
Tendo como base este raciocínio e tendo em atenção ao facto do coração, órgão a qual atribuímos a nossa capacidade de amar os outros, se situar do lado esquerdo do nosso corpo, levou a que os escuteiros tomassem para si um cumprimento próprio realizado com a mão esquerda.
Por isso, normalmente, em missivas os meninos do lenço se despedem com “Canhotas”, ou seus derivados.
O cumprimento também apresenta outra particularidade, os dedos mindinhos entrelaçam-se.
Por tudo isto, Fortes Canhotas, para todos!
sábado, 17 de abril de 2010
Continuar o Caminho ...
Parece-me que até este momento, o nosso blogue teve uma atitude, semelhante aquela que Paulo de Carvalho preconiza na canção “Recordar é viver”
Com excepção da primeira mensagem, todas as outras foram intervenções que serviram para recordar a nossa passagem por Angola. Recordar é, efectivamente, viver. É reviver intrinsecamente, tudo aquilo que fizemos, que sentimos, que falamos, que cantamos, enfim, que passamos! Contudo, parece-me que chegou a hora de começar a “postar” aquilo que pretendemos fazer deste blogue.
Contar aquilo que passamos nos nossos agrupamentos! É esse o caminho que queremos seguir, e mais uma vez, esperamos que outros irmãos escuteiros, que parem por estas passagens, continuem, ou melhor, comecem também eles a enviar os seus contributos, as suas opiniões, as suas experiências!
Fortes Canhotas,
Com excepção da primeira mensagem, todas as outras foram intervenções que serviram para recordar a nossa passagem por Angola. Recordar é, efectivamente, viver. É reviver intrinsecamente, tudo aquilo que fizemos, que sentimos, que falamos, que cantamos, enfim, que passamos! Contudo, parece-me que chegou a hora de começar a “postar” aquilo que pretendemos fazer deste blogue.
Contar aquilo que passamos nos nossos agrupamentos! É esse o caminho que queremos seguir, e mais uma vez, esperamos que outros irmãos escuteiros, que parem por estas passagens, continuem, ou melhor, comecem também eles a enviar os seus contributos, as suas opiniões, as suas experiências!
Fortes Canhotas,
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Seja Bem-Vindo ...
Esta foi a música, que nós ouvimos logo que chegamos ao campo onde iria ser o acampamento... Ficamos muito surpreendidos, pois, nao estávamos à espera de tal recepção. Esta baseou-se em alegria, boa disposição, muita animação e muito calorosa, típico da população angolana. Ficamos muito gratos por tal recepção, que ajudou desde logo à nossa integração. Também por isso, o nosso MUITO OBRIGADO
terça-feira, 6 de abril de 2010
As Nossas Pontes
Angola foi uma actividades que figurará como das melhores da nossa vida!
Mas, este registo vale, também ,por tudo o que foi feito ainda neste "jardim à beira mar plantado". O trabalho continuado, o esforço conjunto, as barreiras a transpor, o apoio dos pais, os nossos sorrisos, as nossas lágrimas, a alegria da nossa comunidade!
Esta actividade foi a meu ver, a NOSSA ACTIVIDADE!
Uma actividade que mostrou o que o largo e sonoro riso da Alex, a bela voz e alegria da Sara, a sensibilidade e emotividade da Lila e a escrita e dedicação do João, podem fazer! Com ela, concluímos que 1+1+1+1, matematicamente, pode ser igual a quatro, mas na verdade o resultado cifra-se num valor muito maior!
Antes de partirmos para Angola, um dos nossos objectivos já estava a ser alcançado, os nossos laços estavam mais fortes e as pontes mais largas! Com Angola, também a nossa amizade se fortificou.
As nossas pontes tornaram-se maiores!
Aproveitamos esta mensagem, também para agradecer a todos aqueles que nos apoiaram nesta actividade:
Ao Chefe Paulo e à Chefe Ana Rute, porque foram eles que de perto nos ajudaram a ultrapassar os nossos medos!
Ao Chefe do Agrupamento 455-Vermil, Filipe Fernandes, que apesar de tudo, foi mão amiga e sempre presente.
Ao Quim, que mostrando alguma insegurança, autorizou-nos a participar!
Aos nossos pais, grandes motivadores e trabalhadores incansáveis!
Às empresas e particulares que apesar das dificuldades, também nos apoiaram!
À comunidade de Vermil, que quando chamada, se alegrou com os seus filhos!
A todos sem excepção, o nosso MUITO OBRIGADO!
e "que nunca caiam as pontes entre nós!"
Mas, este registo vale, também ,por tudo o que foi feito ainda neste "jardim à beira mar plantado". O trabalho continuado, o esforço conjunto, as barreiras a transpor, o apoio dos pais, os nossos sorrisos, as nossas lágrimas, a alegria da nossa comunidade!
Esta actividade foi a meu ver, a NOSSA ACTIVIDADE!
Uma actividade que mostrou o que o largo e sonoro riso da Alex, a bela voz e alegria da Sara, a sensibilidade e emotividade da Lila e a escrita e dedicação do João, podem fazer! Com ela, concluímos que 1+1+1+1, matematicamente, pode ser igual a quatro, mas na verdade o resultado cifra-se num valor muito maior!
Antes de partirmos para Angola, um dos nossos objectivos já estava a ser alcançado, os nossos laços estavam mais fortes e as pontes mais largas! Com Angola, também a nossa amizade se fortificou.
As nossas pontes tornaram-se maiores!
Aproveitamos esta mensagem, também para agradecer a todos aqueles que nos apoiaram nesta actividade:
Ao Chefe Paulo e à Chefe Ana Rute, porque foram eles que de perto nos ajudaram a ultrapassar os nossos medos!
Ao Chefe do Agrupamento 455-Vermil, Filipe Fernandes, que apesar de tudo, foi mão amiga e sempre presente.
Ao Quim, que mostrando alguma insegurança, autorizou-nos a participar!
Aos nossos pais, grandes motivadores e trabalhadores incansáveis!
Às empresas e particulares que apesar das dificuldades, também nos apoiaram!
À comunidade de Vermil, que quando chamada, se alegrou com os seus filhos!
A todos sem excepção, o nosso MUITO OBRIGADO!
e "que nunca caiam as pontes entre nós!"
Dar Mais - Grupo das Terças
Se a tua voz trouxer mil vozes para cantar,
Vais descobrir mil harmonias belas
Que ao céu hão-de chegar.
Fica mais rica a alma de quem dá,
Chega mais alto o hino
De quem vive a partilhar.
Refrão :
Tu tens que dar um pouco mais do que tens,
Tens que deixar um pouco mais do que há,
Se vais ficar muito orgulhoso vê bem,
Tens que te lembrar.
És um graõzinho de uma praia maior,
E deves dar tudo o que tens de melhor,
Para avaliar a tua alma há leis,
Tu tens que dar um pouco mais do que tens.
Olhou p’ro céu, sentiu que a sorte estava ali,
E com valor, foi conseguido tornar bom
O que até era mau.
E grão a grão construi o seu poder,
E pouco a pouco subiu a escadaria do amor.
Refrão
O tempo vai e de um rapaz um homem vêm,
Sem medo vê,
Porque o destino vai em frente p’ra servir o bem,
É tão profunda a mensagem que chegou,
São tão seguras e largas
As pontes que ele deixou.
Refrão
Uma música que foi cantada em Angola, e que alguns angolanos gostaram bastante!
Em baixo, a música como foi cantada no filme, "José, O rei dos sonhos"
Vais descobrir mil harmonias belas
Que ao céu hão-de chegar.
Fica mais rica a alma de quem dá,
Chega mais alto o hino
De quem vive a partilhar.
Refrão :
Tu tens que dar um pouco mais do que tens,
Tens que deixar um pouco mais do que há,
Se vais ficar muito orgulhoso vê bem,
Tens que te lembrar.
És um graõzinho de uma praia maior,
E deves dar tudo o que tens de melhor,
Para avaliar a tua alma há leis,
Tu tens que dar um pouco mais do que tens.
Olhou p’ro céu, sentiu que a sorte estava ali,
E com valor, foi conseguido tornar bom
O que até era mau.
E grão a grão construi o seu poder,
E pouco a pouco subiu a escadaria do amor.
Refrão
O tempo vai e de um rapaz um homem vêm,
Sem medo vê,
Porque o destino vai em frente p’ra servir o bem,
É tão profunda a mensagem que chegou,
São tão seguras e largas
As pontes que ele deixou.
Refrão
Uma música que foi cantada em Angola, e que alguns angolanos gostaram bastante!
Em baixo, a música como foi cantada no filme, "José, O rei dos sonhos"
sábado, 3 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Carta de Motivação
Para podermos representar Portugal no II Acampamento Nacional de Angola, tivemos de vencer um concurso. Uma das provas deste concurso era a realização de uma carta de motivação, onde constasse uma explicação do porquê da nossa participação nesta actividade internacional.
É esta mesma carta,que reproduzimos aqui:
Vermil, 03 de Julho de 2009
É esta mesma carta,que reproduzimos aqui:
Vermil, 03 de Julho de 2009
Há 900 anos atrás, nascia um homem que ousou sonhar! Sonhou que era possível construir um reino que privilegiasse a fé, a coragem, a honra e a lealdade. Foi em Guimarães que D. Afonso Henriques iniciou a construção do seu sonho. Esse sonho continuou por séculos e séculos e permitiu a construção de um grande império. Este império estendia-se por quatro continentes que se uniam, principalmente, através da língua.
Em 1907 na ilha de Browsea, em Inglaterra, Baden Powel, realiza o primeiro acampamento escutista. O nosso grande chefe mostrou ao mundo o que a força da união, da partilha e da cooperação podem fazer. O escutismo é uma fraternidade mundial que se rege por valores e princípios essenciais para a construção de um mundo melhor, aliás, essa é como sabemos a grande missão que um escuteiro tem e que nos foi confiada por BP.
Somos herdeiros do sonho de Afonso Henriques, desde logo, porque somos portugueses. Temos uma responsabilidade acrescida porque somos vimaranenses. Assim, é nosso dever reinventar o seu sonho! Acreditamos que o seu sonho, actualmente tem de ser encarado como fonte de partilha, de cooperação, de dinamismo e principalmente de amizade.
É necessário que se construam laços e que se firmem pontes, de modo a criar um mundo cada vez mais sólido, mais justo, mais igual, mais amigo. É esta a nossa responsabilidade, como herdeiros de Afonso e seguidores de Baden Powell.
Por isso, em equipa, decidimos participar no II Acampamento Nacional de Angola, porque queremos aprofundar laços com os nossos irmãos escutas angolanos, queremos ser os novos navegadores, navegadores do século XXI, que levam alegria, humanidade, conforto, carinho, amizade, respeito, conhecimento, tolerância, diversidade. Mas nós navegadores vamos também para o “novo mundo”, conscientes de que temos muito a aprender com os nossos irmãos escutas. Aprender novas técnicas, novos conhecimentos, novas culturas, vivenciar novas experiências e realidades, enfim, conhecer um novo mundo, mostrando igualmente nosso.
Unidos pela Língua, um elo de coesão muito forte, queremos sentir-nos menos portugueses, queremos ser mais Homens! Elementos de uma HUMANIDADE! Queremos ultrapassar as divergências do passado! É esta a nossa vontade!
Somos herdeiros do passado, homens do presente e construtores do futuro! Sonhamos e tentamos construir um mundo melhor!
Deixem-nos sonhar, deixem-nos tentar! Ajudem-nos, queremos participar no II Acampamento Nacional de Angola, queremos implementar o nosso projecto!
Com a ajuda de Deus, vamos conseguir, e esperamos também que tu, Chefe Quim, que repousas no eterno acampamento, ajudes esta tua equipa na concretização do nosso sonho.
São estes os motivos que nos movem,
Em 1907 na ilha de Browsea, em Inglaterra, Baden Powel, realiza o primeiro acampamento escutista. O nosso grande chefe mostrou ao mundo o que a força da união, da partilha e da cooperação podem fazer. O escutismo é uma fraternidade mundial que se rege por valores e princípios essenciais para a construção de um mundo melhor, aliás, essa é como sabemos a grande missão que um escuteiro tem e que nos foi confiada por BP.
Somos herdeiros do sonho de Afonso Henriques, desde logo, porque somos portugueses. Temos uma responsabilidade acrescida porque somos vimaranenses. Assim, é nosso dever reinventar o seu sonho! Acreditamos que o seu sonho, actualmente tem de ser encarado como fonte de partilha, de cooperação, de dinamismo e principalmente de amizade.
É necessário que se construam laços e que se firmem pontes, de modo a criar um mundo cada vez mais sólido, mais justo, mais igual, mais amigo. É esta a nossa responsabilidade, como herdeiros de Afonso e seguidores de Baden Powell.
Por isso, em equipa, decidimos participar no II Acampamento Nacional de Angola, porque queremos aprofundar laços com os nossos irmãos escutas angolanos, queremos ser os novos navegadores, navegadores do século XXI, que levam alegria, humanidade, conforto, carinho, amizade, respeito, conhecimento, tolerância, diversidade. Mas nós navegadores vamos também para o “novo mundo”, conscientes de que temos muito a aprender com os nossos irmãos escutas. Aprender novas técnicas, novos conhecimentos, novas culturas, vivenciar novas experiências e realidades, enfim, conhecer um novo mundo, mostrando igualmente nosso.
Unidos pela Língua, um elo de coesão muito forte, queremos sentir-nos menos portugueses, queremos ser mais Homens! Elementos de uma HUMANIDADE! Queremos ultrapassar as divergências do passado! É esta a nossa vontade!
Somos herdeiros do passado, homens do presente e construtores do futuro! Sonhamos e tentamos construir um mundo melhor!
Deixem-nos sonhar, deixem-nos tentar! Ajudem-nos, queremos participar no II Acampamento Nacional de Angola, queremos implementar o nosso projecto!
Com a ajuda de Deus, vamos conseguir, e esperamos também que tu, Chefe Quim, que repousas no eterno acampamento, ajudes esta tua equipa na concretização do nosso sonho.
São estes os motivos que nos movem,
Equipa Chefe Quim
Só Lutando Conseguimos!
II Acampamento Nacional de Angola - O nosso Olhar
Desde sempre que gostávamos de participar numa actividade internacional. Foi este uns dos principais factores que nos levou a participar no concurso promovido pela secretaria internacional. Imaginem qual o nosso contentamento e satisfação quando soubemos que ganhamos o concurso e que iríamos representar Vermil a nossa freguesia e o nosso agrupamento, Guimarães o nosso município e núcleo e principalmente o nosso país, Portugal, no II Acanac de Angola.
Tínhamos consciência que iríamos vivenciar variadas e diversificadas experiências, contactar com uma cultura com pontos comuns mas com diferenças acentuadas … mas o que trouxemos de Angola foi muito mais que isso … Angola renovou-nos a alma e permitiu-nos crescer como escuteiros, mas principalmente como pessoas. Este crescimento foi assente num conjunto de experiências que por terras de kwanza-sul (Região onde se situava o local do acampamento) vivenciamos.
Entre 27 de Agosto e 6 de Setembro, as experiências multiplicaram-se, e começaram mesmo em Portugal, quando alguns elementos participantes realizaram o seu baptismo de voo entre o Porto e Lisboa.
A 28 de Agosto, aterramos em Luanda e por alguns momentos, sentimo-nos inseguros, receosos, das doenças que poderíamos apanhar ou mesmo do trânsito caótico que se sentia à saída da capital angolana. Estes medos foram acentuados, quando, já no local do acampamento fomos separados. Contudo, esta situação inverteu-se muito rapidamente graças à simpatia e hospitalidade dos nossos irmãos escutas.
No dia seguinte ocorreu a abertura oficial de campo e depois desta cerimónia tivemos o privilégio de saborear a gastronomia típica, num almoço preparado pelos cozinheiros do sub-campo, mas que contou com a nossa ajuda e dedicação. Nunca pensamos que o acampamento estivesse tão bem organizado, apesar de ter algumas falhas, normais em acampamentos desta envergadura, o acampamento tinha óptimas condições. Contudo esta situação contrastava com a população que vivia na região. A maioria das pessoas, não tinha as mínimas condições, o acesso a água potável era diminuto, e a comida era escassa.
E foi ao contactar com estas situações que crescemos. Foi muito duro, ver crianças de olhos postos na nossa comida, mas foi muito bom oferecer a nossa comida aos miúdos e tirar-lhes um sorriso, que nos encheu totalmente a alma. Construir tijolos para depois efectuarem a construção de uma escola foi também um aspecto muito importante para todos nós.
Angola foi também admirar paisagens diferentes e deliciarmo-nos com elas, foi utilizar produtos típicos para procedermos às actividades, nomeadamente, com madeira das bananeiras criar jangadas para atravessar o rio, permitiu-nos cantar músicas portuguesas no ritmo angolano e cantar/dançar músicas da terra. A nossa estadia em África serviu também para compreender que apesar das adversidades, aquele povo, tem sempre um sorriso no rosto. O Acanac Angolano fez-nos valorizar o nosso país, mas também permitiu-nos entender que devemos dar sempre mais pelo outro.
Neste acampamento criamos laços tão fortes, que na despedida as lágrimas desprenderam-se, tonificamos o músculo do coração e cumprimos a nossa missão de representar da melhor forma Portugal.
A nossa primeira actividade internacional correu bem, mas também nos deixou com a sensação de “um dia lá voltar”, e lá é Angola, mas também o resto do mundo. Temos a certeza que “há experiências na internacional que não se vivem em mais lado nenhum”
Tínhamos consciência que iríamos vivenciar variadas e diversificadas experiências, contactar com uma cultura com pontos comuns mas com diferenças acentuadas … mas o que trouxemos de Angola foi muito mais que isso … Angola renovou-nos a alma e permitiu-nos crescer como escuteiros, mas principalmente como pessoas. Este crescimento foi assente num conjunto de experiências que por terras de kwanza-sul (Região onde se situava o local do acampamento) vivenciamos.
Entre 27 de Agosto e 6 de Setembro, as experiências multiplicaram-se, e começaram mesmo em Portugal, quando alguns elementos participantes realizaram o seu baptismo de voo entre o Porto e Lisboa.
A 28 de Agosto, aterramos em Luanda e por alguns momentos, sentimo-nos inseguros, receosos, das doenças que poderíamos apanhar ou mesmo do trânsito caótico que se sentia à saída da capital angolana. Estes medos foram acentuados, quando, já no local do acampamento fomos separados. Contudo, esta situação inverteu-se muito rapidamente graças à simpatia e hospitalidade dos nossos irmãos escutas.
No dia seguinte ocorreu a abertura oficial de campo e depois desta cerimónia tivemos o privilégio de saborear a gastronomia típica, num almoço preparado pelos cozinheiros do sub-campo, mas que contou com a nossa ajuda e dedicação. Nunca pensamos que o acampamento estivesse tão bem organizado, apesar de ter algumas falhas, normais em acampamentos desta envergadura, o acampamento tinha óptimas condições. Contudo esta situação contrastava com a população que vivia na região. A maioria das pessoas, não tinha as mínimas condições, o acesso a água potável era diminuto, e a comida era escassa.
E foi ao contactar com estas situações que crescemos. Foi muito duro, ver crianças de olhos postos na nossa comida, mas foi muito bom oferecer a nossa comida aos miúdos e tirar-lhes um sorriso, que nos encheu totalmente a alma. Construir tijolos para depois efectuarem a construção de uma escola foi também um aspecto muito importante para todos nós.
Angola foi também admirar paisagens diferentes e deliciarmo-nos com elas, foi utilizar produtos típicos para procedermos às actividades, nomeadamente, com madeira das bananeiras criar jangadas para atravessar o rio, permitiu-nos cantar músicas portuguesas no ritmo angolano e cantar/dançar músicas da terra. A nossa estadia em África serviu também para compreender que apesar das adversidades, aquele povo, tem sempre um sorriso no rosto. O Acanac Angolano fez-nos valorizar o nosso país, mas também permitiu-nos entender que devemos dar sempre mais pelo outro.
Neste acampamento criamos laços tão fortes, que na despedida as lágrimas desprenderam-se, tonificamos o músculo do coração e cumprimos a nossa missão de representar da melhor forma Portugal.
A nossa primeira actividade internacional correu bem, mas também nos deixou com a sensação de “um dia lá voltar”, e lá é Angola, mas também o resto do mundo. Temos a certeza que “há experiências na internacional que não se vivem em mais lado nenhum”
Abertura
Este blogue, mais do que um meio de contar a nossa experiência numa actividade internacional – o II Acampamento Nacional de Angola, pretende ser um espaço de partilha, de encontros e quem sabe reencontros, para todos os escuteiros lusófonos!
Por isso, mais que um blogue nosso é nosso objectivo torná-lo também vosso!
Agradecemos desde já, os vossos contributos, as vossas sugestões e opiniões!
Canhota Amiga
Por isso, mais que um blogue nosso é nosso objectivo torná-lo também vosso!
Agradecemos desde já, os vossos contributos, as vossas sugestões e opiniões!
Canhota Amiga